Nota do autor. Isso é apenas uma mensagem do autor, pode ignorar se preferir. Ola, desculpe se eu parecer ignorante ou irritado, mas é só um ponto de vista que me deixa meio desanimado em alguns pontos. Eu sei que não é obrigação de ninguém, mas é meio desanimador ver os analytics e comparar as visualizações com os comentários. Sei que é comum esse tipo de coisa, mas da a impressão de que eu estou escrevendo apenas para maquinas verem, claro que agradeço a quem comenta e interage, em especial o Paragon e o ClayMan e a toda comunidade do discord. Acho que isso é só um convite pra trocar ideias nos comentários, mas de novo, ninguém é obrigado a nada. Bem, espero que gostem do capitulo, Say ya
Nota do autor². Estou iniciando um novo projeto pra complementar a historia de Evalon, no caso vai se tratar de uma serie de pequenos complementos pra um assunto especifico da historia ou respondendo alguma questão em especifico (podendo ou não possuir spoilers, mas isso eu planejo avisar antes, então não se preocupem). Já tem uma postagem relacionada que seria a edição 0, a medida que vou postando eu divulgo aqui, então pra quem se interessar segue o link. https://saikaiscan.com.br/news/45-anos-de-evalon-divine-notes/198
O frio local
incomodava, mas a bebida esquentava o corpo, pelo menos, era essa a mentalidade
de Aquiles, que tinha Glans com ele, juntos eles iriam se divertir na grande e
boa Taverna do Tugg.
Quando abriram a
porta, todos olharam para os dois amigos, que já eram famosos no
estabelecimento por seus feitos com a bebida e com a força física.
As canecas começam a
bater e os bêbados estavam rindo, não demorou muito e os dois se mesclaram com
o resto do bar. Ambos se dirigiram para o barman no balcão.
– Salve Aquiles e
Glans! – O velho senhor da taverna os recepcionou. – Como posso lhes ajudar?
– Salve, meu caro
taverneiro. – Aquiles se sentou perto do balcão, enquanto Glans sentava do seu
lado. – O fim do ano está chegando e estamos em busca de alguns presentes para
nossos companheiros.
– Oh, entendo. – O
taverneiro disse curiosamente. – E como posso ajudar nisso?
– Bebida! – Glans
falou animadamente. Matheus Freitas: Converteram o cara em um papudim de
primeira linha! Parabéns Aquiles e James, vocês são uma péssima influência!
– Queremos 4 barris
do que mais agradaria umas vinte pessoas, nada muito pesado, foque no gosto ao
invés do álcool.
– É pra já! – O
taverneiro confirmou, fazendo um sinal para os dois o seguirem.
Após passar pela
porta que havia atrás do balcão da taverna, os três desceram uma escadaria
média. Com uma tocha em mãos, Aquiles ficou reparando nos detalhes do lugar e
no cheiro das bebidas que estavam lá, desde os vinhos finos as cervejas
artesanais.
Ao chegarem na adega,
o senhor tomou a tocha de Aquiles por segurança e lhes apontou os barris.
– Aqueles ali. – O
dono da taverna mostrou para um conjunto de barris bem localizados. – Eles são
exatamente o que vocês querem.
– Boa. – Aquiles
tomou a iniciativa e começou a caminhar na direção dos barris. – Vamos Glans!
Os dois amigos usaram
sua grande força para carregarem os barris de cerveja de forma firme,
conseguindo andar normalmente apesar do peso.
– Acho que é
exatamente isso. – Afirmou Aquiles, fungando para sentir melhor o cheiro da
bebida
– Ótimo, vamos para o
bar acertar os preços então.
Voltando para o bar,
Aquiles e Glans terminaram a negociação com o taverneiro rapidamente.
– Acho que é só isso.
– Afirmou Aquiles, guardando suas moedas. – Obrigado por nos vender os barris.
– Que nada. – Disse o
taverneiro bem humorado por causa da grande venda. – O prazer foi meu.
Aquiles levantou seus
dois barris e começou a andar na direção da saída.
– Vamos Glans. –
Disse o cavaleiro, ele não esperava a hora de beber.
– Um minuto. – Disse
o draconato, causando uma leve curiosidade no cavaleiro que se virou e o viu
entregando um cantil. – Isso ser bebida de Harenae.
– Oh, um presente? –
O taverneiro perguntou de forma curiosa.
– Sim...
O cavaleiro olhou
aquilo com um sentimento de vergonha vaga devido a simplicidade do presente,
mas logo quando o taverneiro bebeu delicadamente um pouco da bebida no cantil,
ele mudou sua expressão completamente.
– Isso é incrível! –
Ele afirmou. – Esse destilado é feito de maneira incrível.
Glans o encarou com
felicidade, afinal ele não esperava se o homem iria ou não gostar daquela
especiaria simplória.
– Eu conheço quem
consegue reproduzir isso, logo vamos colocar em nosso cardápio. Matheus
Freitas: Mais bebida… O Glans e o Aquiles não vão sair mais do bar. Perdemos dois
lendários…
– Ei Glans, temos que
ir! – Gritou Aquiles em tom cômico.
– Certo. – O
draconato se despediu rapidamente do taverneiro e carregou seus barris junto de
Aquiles.
Uma brisa fria entrou
em contato com a pele dos dois companheiros.
Mesmo com as vestes
que lhe cobriam, o elfo ainda sentia um leve frio, que o deixava bem
desconfortável.
O próprio uso de
roupas diferentes lhe incomodava, estar sem sua armadura o fazia se sentir nu
de certo modo, mas as vestes nobres e quentes que lhes foram entregues ajudavam
a ignorar a temperatura.
Porém, a única coisa
que era impossível de ignorar era Glans. O draconato estava a quase seis meses
usando apenas uma bermuda de couro leve.
Se não fosse pelos
mantos que ele foi obrigado a usar em Harenae, Glans só usaria uma bermuda
desde o dia que eles se conheceram.
A fisionomia do
draconato era cada vez mais estranha. Se não bastasse o draconiano ter uma
armadura natural contra cortes e ferimentos, ele possuía um sistema de tímpanos
e sensação térmica diferentes e provavelmente ainda mais peculiaridades não
anotadas.
– Ei Aquiles. – Glans
chamou a atenção, ao começar a caminhar com o cavaleiro rumo ao castelo.
– Hum? – Questionou o
elfo, se virando para o amigo enquanto caminhava. – O que foi?
– Porque damos
presentes? – Ele questionou, deixando o cavaleiro pensativo.
– Sabe, eu também não
sei. – Disse Aquiles. – Os seguidores de Yeshua dizem que é por causa do
aniversário dos divinos. Os de Tac Nyan falam que é para nos despedirmos do ano
que passou e nos trazer boa sorte... alguns outros deuses que já morreram
também possuíam algum vínculo com o final do ano, normalmente algo que se
aproximasse a sua filosofia.
Aquiles olhou para a
estrada, dando passagem a algumas carroças.
– Esse país venera
Tac Nyan, então seguimos os costumes impostos por essa cultura, logo estamos
aqui, comprando quatro barris de cerveja para presentear todos nossos amigos de
uma só vez. – Ele afirmou enquanto colocava os barris no chão por alguns
segundos de descansando.
– Hum, presentes. –
Disse Glans pensativamente, enquanto olhava ao redor.
Segundos depois da
carroça passar, os dois viram rapidamente Varis e Sagita que estavam na frente
da vitrine de algumas lojas.
– Há, olha lá. –
Aquiles levantou novamente os barris.
– Varis e Sagita? –
Glans questionou, confuso.
– Exatamente. Eles
provavelmente estão fazendo compras para o final de ano, mas eu tenho certeza
que eles não vão comprar para todos. – Afirmou Aquiles, voltando a caminhar
para o castelo.
– Hum, Porque?
– Você é obrigado a
agradar a todos? – Aquiles perguntou de forma calma e direta, se focando na
estrada e acreditando que o amigo estava o seguindo.
– Sou? – O draconato
se questionou, falando em voz alta enquanto direciona a visão para a rua que
seguia.
– Não Glans, você tem
suas preferências e quem quer ou não agradar. – O cavaleiro riu vagamente. –
Você tem um grupo de pessoas mais próximas que merecem um presente na sua
visão.
– Então Glans ter que
conseguir presentes?
– Não vai ser
necessário. Como eu disse, esses barris valem para todo mundo e para nós dois.
Digamos que dois sejam seus e os outros dois sejam meus.
– Oh, certo...
As conversas dos dois
amigos acabaram com a chegada deles nas escadarias do castelo.
Vindo de encontro aos
dois que subiam com o peso das cervejas nos barris, Edward – Que além de bem
agasalhado, estava com os braços completamente cobertos para não deixar as
sequelas a mostra – Estava levando Crist para o centro comercial. A criança não
possuía ciência dos graves ferimentos do pai.
– Olha quem está de
saída. – O cavaleiro sorriu olhando para Crist, que devolveu o sorriso.
– Olá Crist. – Glans
saudou ao lado de Aquiles.
A criança olhou para
os dois carregando os barris que pareciam pesar toneladas na pobre mente
ingênua da criança.
– Nossa... – Crist
estava maravilhada com tamanha demonstração de força.
– A criança não está
acostumada com a vida de cavaleiro. – Aquiles disse em tom cômico.
– Vocês são tão
fortes? – Ela questionou enquanto olhava os músculos expostos de Glans e os
braços firmes de Aquiles.
– Todos somos. –
Aquiles desviou o olhar para Edward, que parecia contente com o ânimo da filha.
– O seu pai, ele conseguiu aguentar as porradas de um gigante na nossa última
missão.
A criança aumentou
ainda mais o brilho no olhar. Olhando para Edward de forma trêmula e encantada.
– S-S-S-Sério isso? –
Crist perguntou, segurando a mão de Edward não acreditando no que ouvira.
– Digamos que sim...
– Disse Edward de forma envergonhada e sem jeito.
– Pode contar como
foi? – Crist perguntou puxando seu braço, o que resultou em um dor repentina no
paladino. – Por favor! Por favor! Por favor! Por favor!
Aquiles olhou sem
jeito para as feições de dor que Edward tentava esconder.
Mesmo não tendo uma
ideia muito lógica de como funcionava a fisioterapia ou a recuperação do braço
do amigo, o cavaleiro podia afirmar com certeza absoluta que aquilo deveria
doer muito, principalmente quando puxado.
– Acho que é melhor
dar isso como um prêmio. – Disse Aquiles, tentando resolver a situação.
– Hum. – Os três
olham curiosos para Aquiles.
– Se você se
comportar, Edward conta a história. – O cavaleiro afirmou com confiança. –
Parece bom, não?
Crist soltou a mão de
Edward e olhou fixamente nos olhos de Aquiles.
– Mas eu quero agora!
– Ela fez beicinho.
– E eu quero uma
espada que nunca perca o fio ou uma caneca que tenha cerveja infinita. –
Aquiles ironizou os rodeando. – Mas não dá para ter tudo. Matheus Freitas: O
cara só pensa em luta ou bebida, Aquiles tem o que fazer não? Kkkkk
Crist olhou irritada
para o cavaleiro que continuou andando e subindo as escadas junto de Glans.
– Ei! – Crist gritou.
– Onde vocês vão?
Após não receber
resposta, ela se virou para o final da escada, onde viu seu pai a esperando.
– Então, quer ir ver
o centro comercial ainda? – O paladino perguntou em um breve tom de ironia.
– Porque você não
pode contar a história agora? – Crist começou a seguir Edward, até ficar em seu
lado novamente.
– Porque estamos indo
às compras.
– Mas porque não
podemos falar disso no caminho.
– Hum... – Edward
pensou em uma desculpa que despistasse sua filha e ainda fosse lógica. – Porque
um espião pode ouvir.
Crist rapidamente se
calou e se arrepiou.
– Um espião? – A
criança questionou animadamente.
– Sim, você não quer
dar informações para um espião, não?
– Podemos caçar esse
espião?
– Mas quem é o
espião?
– Hum... – A criança
começou a murmurar. – Um normalmente usa um manto preto e uma roupa de couro,
tipo o Varis...
A criança parou de
andar vagamente e Edward percebeu.
– Varis é um espião!
Devemos caçar ele! – Crist gritou de forma empolgada e tentando parecer ao
máximo um cavaleiro ou paladino das histórias que ela via nos livros da enorme
biblioteca.
– Calma. – Edward a
guiou para a rua que ia para o centro comercial. – Digamos que Varis é um
“espião do bem”.
– Hum... – Crist ficou
pensativa e curiosa. – Isso existe?
– Pode existir, só
precisamos ter sorte de encontrar eles.
Após a caminhada
básica até o centro comercial, Edward quase que amarrou sua filha com uma
corda, para não perdê-la de vista. O lugar nunca pôde ser bem apreciado por
Edward, mas que agora o via completamente.
As carroças passando,
as pessoas movendo o comércio, as barracas vendendo dos mais variados tipos de
itens. Um lugar belo para a cidade, sem dúvidas. E principalmente um lugar bem
protegido por guardas.
Após andar um pouco,
Crist puxou novamente a mão de seu pai, mas bem de leve se comparada a vez
anterior. Edward olhou para a filha que estende as duas mãos abertas para cima
em sua direção.
– Não consigo ver,
pode fazer cavalinho? – Ela perguntou humildemente.
Mesmo com a dor no braço
e com todos os requerimentos de não fazer tanta força com o mesmo, Edward não
aguentou e cedeu ao pedido da filha. Com dificuldade ele a colocou entre seus
ombros.
Crist abriu um
sorriso gigantesco, enquanto se segurava no cabelo de seu pai, todos os produtos
do mercado eram vistos com clareza daquela altura.
As carroças passando
com comidas, as pessoas olhavam os lindos objetos vendidos nas barracas, os
artistas de rua, todo o mundo em volta maravilhava a criança.
Porém, uma coisa
chamou sua atenção.
– Pai! – Gritou
Crist, apontando em uma direção. – Ali!
Edward usou sua mão
hábil para segurar os pés de Crist, enquanto descansava o sequelado.
Depois de caminhar
até a banca que Crist apontara ele se surpreendeu. Era uma espécie de banca
revendedora de armas, possuindo em sua maioria armas não maiores que um
antebraço normal.
– Eu quero uma! –
Disse Crist animadamente, o que chamou a atenção do vendedor que logo
aproveitou isso.
– Eu tenho de vários
modelos, materiais, finalidades, só escolherem. – O vendedor começou a empurrar
para Edward, que ainda não assimilou o fato da filha querer uma arma tão
diretamente.
– Não, obrigado...
– Por favor pai, eu
prometo te proteger com ela. – A filha afirmou em um pedido humilde e sincero, sem
malícia ou maldade.
– Eu tenho um
banquinho aqui pra você, criança. – O vendedor saiu de trás de sua barraca e
colocou um banco para que Crist ficasse na altura ideal para ver as armas.
Edward ficou receoso,
mas a colocou no chão e ficou do seu lado, avaliando cada arma.